Eu ando desesperada para viajar. Já faz algum tempo que fiz minha última grande viagem e o problema é que só posso tirar férias a partir de Novembro, um mês muito distante no meu calendário.
Eu estou naquela fase na qual Leia mais…
Eu ando desesperada para viajar. Já faz algum tempo que fiz minha última grande viagem e o problema é que só posso tirar férias a partir de Novembro, um mês muito distante no meu calendário.
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Assim que eu começo a pensar numa viagem, começo a pensar também em qual amigo poderia ir comigo. Fico selecionando na minha cabeça quais seriam as melhores companhias. Mas peraí… será que eu sou uma boa companhia? Será que as pessoas gostariam de viajar comigo? Leia mais…
Faz quase um ano que estou namorando. É o Pedro (lembra? Aquele que conheci em Machu Picchu…). Pois então, o Pedro também é um grande viajante. Desses que morou em outros países, que se perdeu na Ásia, passou perrengue na Austrália e quase morreu depois de comer uma pimenta forte na África. Além disso, ele ainda faz umas viagens loucas a trabalho, podendo trabalhar de qualquer parte do mundo. Leia mais…
Quando você chega em Paris é lembrado o tempo todo de que aquela é uma das cidades mais românticas do mundo. Passeios de barco pelo Rio Sena, casais apaixonados entre as estátuas do Jardim de Luxemburgo e a Torre Eiffel onde você pode ser o espectador (ou quem sabe o personagem principal) de um pedido de casamento.
Mas o lugar considerado romântico mais curioso na minha opinião é a Pont des Artes com seus cadeados do amor pendurados.
A ponte que corta o Rio Sena, desenhada e construída no século XIX, é um “símbolo” do amor desde 2008, quando se tornou tradição turística em Paris os casais prenderem um cadeado na ponte e jogar a chave no Rio Sena, selando seu amor para sempre.
No entanto, a prática tem se tornado polêmica. São tantos cadeados pendurados que os parisienses questionam a preservação da arquitetura da ponte, considerando-os inclusive como poluição visual. Sabia que existe até uma petição online para que os cadeados sejam retirados? Para os moradores da cidade é difícil entender porque a cidade tem que sacrificar sua história e arquitetura pelo turismo. E lembrando que se um dia você e seu amado prenderam um cadeado na ponte, provavelmente ele não está mais lá. O painel de alambrado da ponte é frequentemente substituído por novos painéis por se tornarem pesados com os cadeados.
Da última vez que fui a Paris não havia romantismo nenhum na minha viagem. Estava sozinha e mais interessada nas atrações culturais da cidade. Fui parar na Pont des Arts por acaso, durante uma caminhada após visitar o Museu D´Orsay. A princípio, achei romântico os casais demonstrando seu amor por ali. Nem tão romântico pela quantidade de vendedores de cadeados. Afinal, “amor para sempre” comprado perde seu encanto, não é mesmo? E ainda haviam os policiais atrás dos vendedores. Porque colocar cadeado pode, mas você deve trazê-lo de casa.
E no meio disso tudo, caminhando sozinha pela ponte, me tornei alvo de uma mulher que se passava por cupido. E até falava inglês! Um cupido bilíngue que me perguntou com uma aliança na mão: “É sua?”. Quando respondi que não, ela imediatamente disse: “Mas fique com você para dar sorte”. Desconfiei, mas querendo ser simpática, peguei a aliança agradecendo. E foi aí que o “cupido” me disse: “Será que você poderia me dar alguns euros por isso? Do contrário você não terá sorte no amor”. Devolvi a aliança e fui embora um pouco decepcionada com o que se passa na ponte, deixando para trás os vendedores de cadeados, os policiais e golpistas. Afinal, do amor temos uma única certeza: ele não precisa de aliança da sorte e nem trancas para durar para sempre. Talvez apenas uma ponte com vista para o Rio Sena seja o suficiente para proporcionar algum romantismo.