Tag - morar fora

Como é morar em Lisboa, Portugal

O Péricles, de 28 anos nasceu em Goiás e Portugal é o sexto país onde ele decide morar. Com 28 anos de idade ele já é mestre em Jornalismo, Mídia e Globalização. No Brasil trabalhou para impresso e web, para a Unicef no Camboja, na Dinamarca e mais recentemente, e esporadicamente, em Portugal. Neste post aqui no blog, ele conta um pouco das suas impressões sobre como é morar em Lisboa.

Eu vim parar em Lisboa meio que acidentalmente. Na verdade, queria morar fora de novo e estava olhando doutorados. Resolvi aplicar para uma universidade aqui, fui aceito e já comecei a fazer contatos com alguns poucos que conhecia na cidade – perspectivas de trabalho, onde morar, etc. É claro que a internet ajudou muito nesse processo, especialmente para conhecer pessoas e começar a procurar trabalho. Vinte dias depois estava pedindo demissão e comprei um bilhete só de ida.

Cheguei há um ano para morar em Lisboa e essa tem sido uma jornada interessante. Primeiro porque a Lisboa que conhecia – a da crise de alguns anos atrás – se foi. Isso é bacana do ponto de vista cosmopolita: ouve-se línguas estrangeiras nas ruas, trabalho com gente de diversos países e tenho acesso a várias culturas. Por outro lado, há a dificuldade de encontrar moradia, os preços que sobem cada vez mais impulsionado pelo crescente turismo e o salário que infelizmente não acompanha toda essa dinâmica. Em um ano aqui já mudei de casa três vezes e devo me preparar para outra mudança no final de janeiro.

Ao chegar para morar em Lisboa, a primeira dificuldade foi conseguir tirar todos os documentos o mais rápido possível. A realidade requer paciência e a burocracia muitas vezes nos faz pensar que estamos no Brasil. Mas as coisas vão se organizando e, ao menos para mim, não foi um processo tão demorado assim. É preciso ser esperto, correr atrás e muitas vezes se impor para conseguir agilidade.

Outro ponto interessante que já tinha em mente (até mesmo por já ter vivido em outros países europeus) é que aqui preciso construir tudo do zero. Uma das particularidades é que não importa muito o trabalho que você faz – aliás, o trabalho não determina essencialmente o que e quem você é. O importante é pagar as contas e ter tempo e algum dinheiro para poder viajar, ler, beber um vinho e ter qualidade de vida.

Meu trabalho aqui consiste em atender ligações e responder e-mails em inglês, português e algumas vezes espanhol e ajudar a melhorar as férias e reservas em hotéis de pessoas de diversos lugares do mundo. Falo com uma pessoa na Inglaterra e logo estou ligando para alguém que vai me ajudar com um hotel grego e depois para um superior que fala português e assim vai… Não vou dizer que é o trabalho dos meus sonhos, mas o simples fato de poder usar meu conhecimento de idiomas a meu favor é algo interessante.

O doutorado (apesar de ter feito apenas um semestre) também foi uma experiência interessante – o curso e as muitas pessoas que conheci no ambiente acadêmico foram marcantes no primeiro semestre e pretendo retomar a vida de estudante muito em breve. Por hora quero tirar o certificado de Cambridge para dar aulas de inglês e continuar viajando.

MORAR EM LISBOA

Em Lisboa faz parte do cotidiano sair para jantar (em restaurantes com preços acessíveis), tomar cafés nas praças e largos, visitar museus e ir para miradouros ver o pôr-do-sol. E assim vamos nos desapegando um pouco do “carreirismo” e da correria brasileira que, ao meu ver, nos atrapalha a aproveitar a vida. Para mim, essa é a grande alegria de viver aqui: a simplicidade de viver em uma cidade pequena e que proporciona eventos culturais e possibilidades diversas mesmo para quem não ganha muito dinheiro. Passar uma tarde lendo no Jardim Gulbenkian, por exemplo, é uma atividade que gosto muito de fazer por aqui.

A culinária merece um post à parte, mas posso dizer que de todas as cozinhas europeias a portuguesa é uma das que mais me encanta (quase empatada com a italiana!). As mil formas de se comer bacalhau, os embutidos, pescado fresco do mercado e os maravilhosos doces. Pastel de nata é bom, mas já provou bola de Berlim ou travesseiro de Sintra? E os vinhos…

Bola de Berlim

Culturalmente falando, os portugueses são sim mais fechados mas confesso que nunca tive problemas maiores com eles. Em geral é um povo muito receptivo, eles conhecem muito da cultura brasileira. Já vi portugueses citando esquetes do Porta dos Fundos e até Machado de Assis, outros cantando a música tema de Tieta ou descendo até o chão com Pablo Vittar. Aliás, lembro que quando morava na Dinamarca, por exemplo, vi uma lata de guaraná e quase chorei. Esse tipo de “saudade” não tenho em Portugal. Aqui temos rodas de samba, comida brasileira, caldo de cana e pastel, novelas, filmes, enfim, tudo o que precisamos para nos sentirmos em casa.

Como disse acima, Lisboa mudou muito e isso tem pontos positivos e negativos. Mas é interessante estar aqui durante esse “boom”. De uns tempos para cá o mundo descobriu Portugal e Lisboa vive abarrotada de turistas e pessoas que vêm de diversos cantos do país para fazer morada onde há sol e o clima é ameno. Há startups e ideias e com isso novas perspectivas de trabalho. O balanço que faço deste um ano por aqui é de que estou aprendendo a viver mais tranquilo, aproveitando pequenas coisas e tentando levar a vida de uma maneira mais desacelerada.

Fico por aqui muito tempo? Ainda não sei. Por hora vou subindo as muitas ladeiras de Lisboa e desfrutando da vista.

 

RESOLVA SUA VIAGEM AQUI (com descontos!)

[button link=”http://www.segurospromo.com.br/p/amandaviaja/parceiro?tt=resolvasuaviagem” icon=”plus-square” color=”silver” text=”dark” window=”yes”]SEGURO VIAGEM
todos com desconto [/button] [button link=”http://www.easysim4u.com/?sourceCode=amandaviaja” icon=”signal” color=”silver” text=”dark” window=”yes”]CHIP DE CELULAR
internet ilimitada[/button] [button link=”https://www.booking.com/index.html?aid=1208348″ icon=”home” color=”silver” text=”dark” window=”yes”]HOTÉIS
hostels, pousadas[/button] [button link=”https://www.viajanet.com.br/?utm_source=(www.amandaviaja.com.br)&utm_medium=post%20patrocinado&utm_campaign=(vari%C3%A1vel)&utm_content=(vari%C3%A1vel)” icon=”plane” color=”silver” text=”dark” window=”yes”]PASSAGENS AÉREAS
em até 10x[/button][button link=”https://www.rentcars.com/pt-br/?requestorid=899″ icon=”road” color=”silver” text=”dark” window=”yes”]ALUGUEL DE CARRO
sem IOF, em até 12x[/button][button link=”http://www.airbnb.com.br/c/anoventa” icon=”star” color=”silver” text=”dark” window=”yes”]AIRBNB
ganhe R$100[/button]

Como é morar no sul da Itália

A Márcia mora hoje na região de Puglia lá no sul da Itália, mais especificamente em Lecce. Mas já morou também em Livorno na Toscana. Ela mudou de país em 2006 e hoje divide com a gente a sua história pessoal.

Bem, os motivos que me fizeram parar aqui na Italia foram tantos…mas posso resumir em uma só frase: eu não era feliz com a vida que eu levava. Seja no âmbito familiar que era péssimo, seja o lado sentimental que eu não encontrava ninguém que quisesse algo sério comigo (tinha 35 anos), seja porque eu era professora e detestava aquilo que fazia. Quando terminava o domingo e sabia que teria que enfrentar uma nova semana era uma tortura, eu não queria mais aquela vida pra mim.

Precisava dar uma guinada e mudar tudo. Éramos um grupo de cinco mulheres, com idades e histórias de vida diferentes mas todas com um mesmo objetivo: conhecer o nosso futuro marido. Em palavras simples é isso aí. A internet dava seus primeiros passos, mas nem todo mundo tinha acesso. Não existia nenhuma rede social ainda (nem Orkut, olha só!). Daí nos inscrevemos em agências matrimoniais (tá ficando engraçada essa história?) e até mandamos anúncios para jornais e revistas com correios sentimentais. Olha que coisa brega rsrsrs Mas usamos os recursos que existiam na época. Como se diz lé no Nordeste, atirando pra tudo quanto é lado.
Até que as primeiras cartas começaram a chegar. Eu me divertia demais com as coisas que escreviam, as propostas que faziam e com as fotos de cada tipo… Bonitinho perto de feio.

Lecce, onde a Márcia mora
Lecce, onde a Márcia mora

Até que chegou a carta do meu futuro marido. Quando vi as suas fotos me apaixonei de cara, achei ele um gato e pensei: UAU, é assim que eu quero! E sempre tive uma quedinha pelos italianos, era a época da novela “Terra Nostra” e o Mateo era um meu sonho de consumo…
Pra encurtar, só fui conhecê-lo pessoalmente depois de um ano de correspondência e, devido aos seu problemas pessoais (era separado e tinha um filho problemático), só decidiu mesmo ficar comigo depois de uns 3 anos. Fui a que mais esperei do grupo. As outras já tinha ido embora e se casado. Algumas nos EUA, outras em Portugal, Inglaterra e eu ali… Mas sou a única que  se casou e continuou com o mesmo marido. As outras, infelizmente, por diversos motivos se separaram. Mas ninguém voltou para o Brasil e muitas refizeram as suas vidas com um novo amor, ainda bem.
O fato é que nos conhecemos desde 2000 e somos casados há dez anos depois de muitos lances de novela mexicana, que não dá pra contar tudo.

o casamento
o casamento

E quais as vantagens e desvantagens de morar fora do seu país?
Tudo vai depender de você, pois a única pessoa que tem que se adaptar às mudanças é você mesmo. Se você é alguém muito ligado à sua família, nem pense em morar fora porque vais sofrer. Eu não tive esse problema, infelizmente. Preferiria que fosse o contrário, mas a vida foi assim.
As oportunidades de trabalho aqui na Itália são poucas em relação aos países mais avançados da UE. Os diplomas universitários extra-comunitários não são válidos e, se quiser validar, tem que gastar muito dinheiro e cursar várias cadeiras sem nenhuma garantia no fim desse percurso de conseguir um emprego. Os jovens diplomados italianos escapam para os outros países da UE onde têm mais chances e respeito na questão de trabalho.

Faço serviços “mais humildes”, digamos assim. Faxina, baby-sitter, trabalhei num bed and breakfast onde era pau pra toda obra: arrumava os quartos, servia o café, e fazia o check-in e check-out dos hóspedes, recebia os pagamentos. E quer saber? Não digo que sou realizada profissionalmente fazendo faxina, mas prefiro mil vezes isso do que ser professora no Brasil. Descobri que não tem coisa melhor do que a liberdade.

morar na italia amanda viaja

Faço a faxina cada dia numa casa diferente, não fico entediada, pego o meu dinheiro e CIAO, até a próxima semana! Não tenho que fazer planejamento de aulas (que odiava) nem corrigir provas de madrugada. Descobri que detesto trabalhar no mesmo ambiente todos os dias por todos os anos. E aqui te respeitam quase igual, não importa se você faz um trabalho braçal ou intelectual. Digo quase igual porque nos países mais avançados socialmente na Europa do Norte é melhor ainda. Teve um tempo em que fiz até interprete de Português para a Procuradoria, fiz tradução de escutas telefônicas (o “grampo”), me senti meio FBI e gostei muito daquilo.
Quem quiser vir pra Itália, saiba que a cozinha para eles é mais importante do que tudo, eles vivem para comer. Não comem para sobreviver e você, querendo ou não, vai provar as delícias e se acostumar com as exigências deles. Vai até aprender a cozinhar se quiser. E vai aprender também que certas coisas são pecados mortais pra eles quando se trata de cozinha. Por exemplo: ketchup na pizza, queijo ralado nos pratos à base de peixe, suco de fruta junto às refeições, doce antes do salgado…

Por último, as trabalhadoras italianas são muito pouco tuteladas no seu direito de ter onde deixar seus filhos para irem trabalhar, ponto muito negativo. Ter filhos aqui quer dizer abdicar do emprego por uns três anos se você não tiver mãe ou sogra pra ficar com as crianças ou se elas não forem disponíveis por qualquer motivo para isso. As creches públicas são poucas e as particulares são caras. O que se pagaria como mensalidade seria todo o seu salário visto que as mulheres, em maioria, trabalham meio período pois não tem onde deixar os filhos (ao contrário de outros países UE).

A Italia é chamada de “Bel Paese” por eles, que quer dizer belo país. Eles são convictos de que não existe um lugar mais lindo e onde se coma melhor do que aqui. É o país que possui o maior número de monumentos e sítios históricos tombados pela UNESCO no mundo. Portanto, é necessário se acostumar também com a vaidade dos italianos…

 

RESOLVA SUA VIAGEM AQUI (com descontos!)

[button link=”http://www.segurospromo.com.br/p/amandaviaja/parceiro?tt=resolvasuaviagem” color=”silver” text=”dark” window=”yes”]SEGURO VIAGEM
todos com desconto[/button] [button link=”http://www.easysim4u.com/?sourceCode=amandaviaja” color=”silver” text=”dark” window=”yes”]CHIP DE CELULAR
internet ilimitada[/button][button link=”https://www.booking.com/index.html?aid=1208348″ icon=”home” color=”silver” text=”dark” window=”yes”]HOTÉIS
hostels, pousadas[/button] [button link=”https://www.viajanet.com.br/?utm_source=(www.amandaviaja.com.br)&utm_medium=post%20patrocinado&utm_campaign=(vari%C3%A1vel)&utm_content=(vari%C3%A1vel)” icon=”plane” color=”silver” text=”dark” window=”yes”]PASSAGENS AÉREAS
em até 10x[/button][button link=”https://www.rentcars.com/pt-br/?requestorid=899″ icon=”road” color=”silver” text=”dark” window=”yes”]ALUGUEL DE CARRO
sem IOF, em até 12x[/button][button link=”http://www.airbnb.com.br/c/anoventa” icon=”star” color=”silver” text=”dark” window=”yes”]AIRBNB
ganhe R$130[/button]

Intercâmbio para adultos: unindo carreira, experiência internacional e estudo.

Eu já notei que, principalmente depois que as pessoas entram no mercado de trabalho, elas ficam meio perdidas sobre como conciliar trabalho, vida e experiência internacional. A impressão que a gente tem depois de adulto é que as nossas chances de fazer um intercâmbio ficaram lá para trás.

Se você é da minha idade (trinta e poucos) ou mais velho deve lembrar que na nossa época de estudante não tínhamos tanto acesso aos intercâmbios e cursos no exterior como o pessoal tem hoje. Era outra época e, assim, muita gente não teve oportunidade de fazer intercâmbio na idade esperada.

A boa notícia é que com esse acesso à informação que temos hoje, nos deixando mais globalizados, também surgiram opções de cursos para pessoas com mais de 25 anos, profissionais e executivos.

A EF, líder mundial em intercâmbios e cursos no exterior, tem várias opções destinadas a esse público (inclusive para aqueles acima de 50 anos). Separei aqui alguns que mais me chamaram a atenção para intercâmbio de adultos:

  • Cursos de inglês, alemão, italiano, espanhol, francês, japonês, chinês e coreano.
  • Inglês para negócios
  • Inglês para áreas específicas como arte, turismo, fashion, relações internacionais…
  • Londres, Cambridge, Chicago e Singapura são os destinos da EF que mais recebem adultos
  • Opções que amei: combinar curso de idioma com estágio e trabalho voluntário

Mas quando fazer o intercâmbio?

Existem cursos de uma semana, duas semanas um mês ou meses. Um amigo meu até conseguiu tirar um mês de férias e mais dois meses de licença não remunerada para estudar inglês. Acho que vale a pena bater um papo com o seu chefe sobre o assunto.

Mas é bom saber que existem diversas opções de período de curso e você pode encontrar aquela que se adequa melhor ao seu perfil. Na EF você decide quando começar, a duração do curso, quantas lições por semana deseja estudar e o foco do curso de acordo com o seu interesse e disponibilidade.

intercambio para adultos amanda viaja

O legal de fazer intercâmbio mesmo sendo adulto e profissional

Fazer intercâmbio é sempre uma boa ideia. Mas se eu ainda preciso te convencer disso, vou tentar com alguns argumentos:

  • Aprender ou aperfeiçoar um novo idioma é bom para viajar, se virar pelo mundo e também para a sua carreira. Todo mundo conhece alguém que perdeu uma vaga de emprego porque não falava inglês ou outro idioma.
  • Ter uma experiência internacional de imersão na cultura que ultrapassa o simples turismo.
  • Conhecer gente nova (essa é ótima para quem também quer viajar e não tem companhia)
  • Tornar o seu tempo de férias mais útil se você estiver na onda de dar um gás na sua carreira e não quer perder tempo.
  • Dar um up no seu currículo. Ter uma experiência de curso ou intercâmbio no currículo é sempre visto com bons olhos pelo mercado de trabalho.

Para começar, recomendo que você procure uma das agências da EF que estão espalhadas por todo o país para conhecer melhor as opções existentes e decidir aquela que se encaixa melhor no seu perfil. Você também pode ver mais informações através do site: http://www.ef.com.br/pg/intercambio/

Este post foi produzido em parceria com a EF. Amanda realiza parcerias somente com marcas em que acredita. #publipost

RESOLVA SUA VIAGEM AQUI (com descontos!)

[button link=”http://www.segurospromo.com.br/p/amandaviaja/parceiro?tt=resolvasuaviagem” color=”silver” text=”dark” window=”yes”]SEGURO VIAGEM
todos com desconto[/button] [button link=”http://www.easysim4u.com/?sourceCode=amandaviaja” color=”silver” text=”dark” window=”yes”]CHIP DE CELULAR
internet ilimitada[/button][button link=”https://www.booking.com/index.html?aid=1208348″ icon=”home” color=”silver” text=”dark” window=”yes”]HOTÉIS
hostels, pousadas[/button] [button link=”https://www.viajanet.com.br/?utm_source=(www.amandaviaja.com.br)&utm_medium=post%20patrocinado&utm_campaign=(vari%C3%A1vel)&utm_content=(vari%C3%A1vel)” icon=”plane” color=”silver” text=”dark” window=”yes”]PASSAGENS AÉREAS
em até 10x[/button][button link=”https://www.rentcars.com/pt-br/?requestorid=899″ icon=”road” color=”silver” text=”dark” window=”yes”]ALUGUEL DE CARRO
sem IOF, em até 12x[/button][button link=”http://www.airbnb.com.br/c/anoventa” icon=”star” color=”silver” text=”dark” window=”yes”]AIRBNB
ganhe R$130[/button]

Como é fazer trabalho voluntário na Índia

A Maria tem 22 anos e é uma fiel leitora do blog. Faz pedagogia e já fez três intercâmbios na vida. Hoje é dia dela contar sua experiência fazendo intercâmbio na Índia, onde ficou por seis semanas.

Sempre começo meus textos sobre a Índia dizendo o quanto foi difícil. Difícil de me despedir, difícil de ir embora. Voltar pra casa depois de seis semanas foi como deitar para descansar de um longo dia de trabalho. 

Tudo começou em 2014, quando eu estava louca pra visitar o parque do Harry Potter, em Orlando, e meu visto foi negado.  

Então fui atrás de outra coisa, afinal, se a vida te dá limões, pegue sal e tome com tequila 🙂 Me inscrevi no site da AIESEC, uma instituição sem fins lucrativos que promove intercâmbios voluntários e profissionais em vários países do mundo. Achei que não daria em nada e 1 mês depois já estava tudo decidido: eu ia fazer trabalho voluntário na Índia. 

Comprando as passagens descobrimos que era caríssimo. Por um momento quase desisti (só com o peço da passagem eu faria um mochilão-ostentação pela América Latina). No final optei por comprar a passagem separada em dois trechos: Rio-Roma e Roma-Goa, ou seja, ainda ganhei alguns dias em Roma na ida e na volta. 

Foram 4 meses de muita expectativa, todo mundo aqui em casa só ouvia falar de Itália e Índia. Foi muito planejamento, muitos blogs visitados, muitas dicas, muitas amizades feitas por conta do intercâmbio. 

E finalmente chegou o dia. Fui sozinha para o aeroporto. Doze horas de voo depois: ROMA! 

Nesse primeiro dia fiz Coliseu (e como comprei o ingresso pela internet, não peguei fila), Palatino, Fórum Romano, Monumento a Vittorio Emanuele e Fontana di Trevi. Roma é uma delícia e se planejando bem dá pra conhecer tudo em poucos dias. Só tem que tomar muito cuidado, lá é bastante perigoso, furtaram minha câmera de dentro da minha mochila (ainda bem que foi só na volta da Índia). 

No dia seguinte, continuou a saga de aeroportos (Roma – Abu Dhabi – Bangalore – Goa). Pra chegar lá foi um perrengue: passei mal no avião, escala de 9 horas, minha mala foi extraviada… Mas nada se compara à emoção que eu senti ao sair do aeroporto em Goa. 

india amanda viaja

Morei seis semanas em Goa, um microestado colonizado por Portugal. É diferente do resto da Índia, mas ainda assim é um choque cultural tremendo. 

Tudo lá é diferente, desde a forma de se vestir até a forma de comer. A religiosidade também é muito forte e você encontra vários tipos de construções de adoração: templos, mesquitas, igrejas, etc. Eu sou agnóstica, mas adorava visitar os templos, para me inteirar dessa cultura tão rica que eles têm.  

A comida é bem apimentada e eles comem com a mão direita. Comem tudo com a mão. E comem tudo com pão, geralmente o roti ou o naan. Isso me fez engordar quatro quilos hehe  

chai também é cultural. Eles bebem na mesma frequência que a gente bebe o ”cafezinho” no Brasil. E é uma delícia!  

O custo de vida é absurdo de barato pra quem viaja pra lá. Uma garrafa de 1 litro de água, por exemplo, custa 20 rúpias (na época que eu fui 1 real comprava 27 rúpias). E dá pra barganhar o preço de tudo nas feiras e lojas. Já me ofereceram um vestido por 650 rúpias e eu levei por 200. Sempre barganhe, eles colocam o preço lá no alto quando percebem que você é turista. 

india amanda viaja

Lá eu trabalhei em um voluntariado, pela Aiesec, relacionado à conscientização de crianças e adolescentes sobre o vírus da AIDS. Nós íamos à escolas dar workshops e palestras e fazíamos arrecadamento de fundos para a ONG.
Foi muito gratificante pra mim poder ajudar um pouco, ainda mais deparada com uma realidade tão diferente da minha. Muitas crianças vinham nos perguntar se a AIDS era transmitida por mosquitos, então eu sabia que o que eu estava fazendo lá realmente tinha uma importância muito grande.
Eu adoro fazer trabalho voluntário e a experiência de poder fazer um fora do país mudou muito o modo como eu vejo as coisas e o meu auto-conhecimento.

A Índia é um tapa-na-cara e uma lição de vida. Posso dizer com toda a certeza de que a maior bagagem que eu trago de lá está dentro de mim e, principalmente, do meu coração. A energia daquele lugar é inexplicável e tudo o que eu aprendi vou levar comigo para o resto da vida. 

Dicas da Índia 

Em Goa, o mais incrível são as praias. Quem for pra lá não pode deixar de ir a Arambol, Baga, CalanguteBenaulimVagator e Morjim. 

As praias lá são bem diferentes do que a gente vê aqui no Brasil: lá o costume é deitar numas esteiras com colchões e barracas e ficar degustando uma comidinha dos quiosques. É bem tranquilo e barato. Um milk-shake de Oreo, por exemplo, custava 30 rúpias na beira da praia (nem preciso dizer que eu tomava uns 2 por dia, né?!).  

O centro de Panjim também é uma graça, vale ”perder” um dia lá. A arquitetura portuguesa e as ruas, que parecem cidades como Parati, são o charme do lugar. 

De Goa dá pra fazer um bate-volta na cidade de Humpi, que fica no estado de KarnatakaPor incrível que pareça é bem fácil viajar pela Índia. Tem trem e ônibus pra tudo quanto é lugar lá, de norte a sul do país. 

Humpi é a cidade inspiradora da lenda de Mogli, o menino-lobo: a história se passa lá. O lugar é cheio de templos, a maioria gratuitos. Existe um rio que divide a cidade: de um lado a parte ”histórica”, com os templos e do outro as pousadas, festas, etc. Para atravessar o rio é preciso pagar 10 rúpias. 

As passagens de ônibus pra Humpi custam por volta de 2000 rúpias, ida e volta, o que dá em torno de 160 reais. 

Também passei por Mumbai e Agra, a terra do Taj Mahal. Um dia em Agra é suficiente, lá não tem muita coisa pra fazer (só o Taj Mahal e o Agra Fort) e é bem poluído. Peguei um trem de Goa a Mumbai (12 horas) e outro de Mumbai a Agra (24 horas, que viraram 29). Dica: compre com antecedência. E compre a classe sleeper A/C, é um pouquinho mais cara mas vale a pena, tanto pela segurança quanto pelo conforto. 

O ingresso do Taj Mahal custa 750 rúpias para estrangeiros e é super tranquilo comprar na hora (minha dica é comprar no guichê que fica a 1km do Taj, é bem mais vazio, e você tem direito a um ônibus que te leva até a entrada). 

Mumbai não me apeteceu muito. Talvez um dia eu volte e faça as pazes com ela. 

Sobre o resto… Sim, a Índia é tudo isso que a gente vê nos filmes e muito mais. Mas 98% das pessoas que eu encontrei lá têm um coração enorme. 

Eu espero poder voltar brevemente e fazer um mochilão em todos os lugares incríveis que eu não consegui ir. 

india amanda viaja

Os últimos dias foram absurdamente difíceis pra mim. 

E voltamos à saga de aeroportos: Goa-Mumbai-Abu Dhabi-Roma. 

O voo de Goa pra Mumbai atrasou 50 min e a conexão em Mumbai durava 1:40h. Ou seja, chegando no aeroporto o pessoal que ia pra Abu Dhabi foi escoltado por uma equipe da Etihad que praticamente nos carregou no colo. E o avião esperando por nós. Por um lado isso foi incrível: um avião esperou por mim na Índia!

Minha bagagem de mão teve que ir para o porão porque não tinha mais espaço dento do avião. 

Adivinhem o que aconteceu chegando em Roma? Isso mesmo, bagagem extraviada novamente! Mas foi ótimo pra mim, não tive que carregar peso em Roma, fiquei só com a bagagem de mão, que tinha tudo o que eu precisava pra dois dias: roupas, kit de dormir, necessaire, mapa, livro, eletrônicos, carregadores, câmera e bichinho de pelúcia. 

Dessa vez me hospedei do outro lado do Trastevere, no Vaticano. 

Foi muito ruim me despedir disso tudo, dessa viagem que mudou minha vida. 

Aprendi na Índia que a gente nunca está só, por mais que esteja desacompanhado. Aquele esquisitão sentado do outro lado na verdade é um cara super legal e cheio de histórias pra contar. 

Lá aprendi a tentar sem medo de errar. Aprendi a ir com medo mesmo. Aprendi que nenhum perrengue é tão ruim que não possa ser superado. Aprendi a ser humilde mas a não confiar em todo mundo. Aprendi que os nossos problemas são do tamanho de um grão de areia. 

Experimentei comidas novas, fui a um funeral, conheci pessoas, ajoelhei em templos, vi filme em hindi, fiz tatuagem. Andei de carro, avião, ônibus, trem, barco e scooter. 

Viagens são os melhores investimentos que se pode fazer. 

Eu sempre fui muito curiosa pra descobrir o sentido da vida. Achava que a gente tinha que fazer algo que ficasse ”marcado na história” pra não ser esquecido. 

Numa viagem com a igreja em 2011 eu descobri que o sentido da vida é o amor. Amor de irmão, amor de amigo, amor por momentos, amor por lugares. 

O amor fica guardado dentro da gente e de quem a gente consegue contagiar com ele. 

Uma frase que minha mãe me disse quando eu ainda estava lá resume tudo o que eu vivi: ”Lembranças como tesouro. Aonde ele estiver, estará também seu coração.”

india amanda viaja

RESOLVA SUA VIAGEM AQUI (com descontos!)

[button link=”http://www.segurospromo.com.br/p/amandaviaja/parceiro?tt=resolvasuaviagem” color=”silver” text=”dark” window=”yes”]SEGURO VIAGEM
todos com desconto[/button] [button link=”http://www.easysim4u.com/?sourceCode=amandaviaja” color=”silver” text=”dark” window=”yes”]CHIP DE CELULAR
internet ilimitada[/button][button link=”https://www.booking.com/index.html?aid=1208348″ icon=”home” color=”silver” text=”dark” window=”yes”]HOTÉIS
hostels, pousadas[/button] [button link=”https://www.viajanet.com.br/?utm_source=(www.amandaviaja.com.br)&utm_medium=post%20patrocinado&utm_campaign=(vari%C3%A1vel)&utm_content=(vari%C3%A1vel)” icon=”plane” color=”silver” text=”dark” window=”yes”]PASSAGENS AÉREAS
em até 10x[/button][button link=”https://www.rentcars.com/pt-br/?requestorid=899″ icon=”road” color=”silver” text=”dark” window=”yes”]ALUGUEL DE CARRO
sem IOF, em até 12x[/button][button link=”http://www.airbnb.com.br/c/anoventa” icon=”star” color=”silver” text=”dark” window=”yes”]AIRBNB
ganhe R$130[/button]