Como é morar em Lisboa, Portugal

O Péricles, de 28 anos nasceu em Goiás e Portugal é o sexto país onde ele decide morar. Com 28 anos de idade ele já é mestre em Jornalismo, Mídia e Globalização. No Brasil trabalhou para impresso e web, para a Unicef no Camboja, na Dinamarca e mais recentemente, e esporadicamente, em Portugal. Neste post aqui no blog, ele conta um pouco das suas impressões sobre como é morar em Lisboa.

Eu vim parar em Lisboa meio que acidentalmente. Na verdade, queria morar fora de novo e estava olhando doutorados. Resolvi aplicar para uma universidade aqui, fui aceito e já comecei a fazer contatos com alguns poucos que conhecia na cidade – perspectivas de trabalho, onde morar, etc. É claro que a internet ajudou muito nesse processo, especialmente para conhecer pessoas e começar a procurar trabalho. Vinte dias depois estava pedindo demissão e comprei um bilhete só de ida.

Cheguei há um ano para morar em Lisboa e essa tem sido uma jornada interessante. Primeiro porque a Lisboa que conhecia – a da crise de alguns anos atrás – se foi. Isso é bacana do ponto de vista cosmopolita: ouve-se línguas estrangeiras nas ruas, trabalho com gente de diversos países e tenho acesso a várias culturas. Por outro lado, há a dificuldade de encontrar moradia, os preços que sobem cada vez mais impulsionado pelo crescente turismo e o salário que infelizmente não acompanha toda essa dinâmica. Em um ano aqui já mudei de casa três vezes e devo me preparar para outra mudança no final de janeiro.

Ao chegar para morar em Lisboa, a primeira dificuldade foi conseguir tirar todos os documentos o mais rápido possível. A realidade requer paciência e a burocracia muitas vezes nos faz pensar que estamos no Brasil. Mas as coisas vão se organizando e, ao menos para mim, não foi um processo tão demorado assim. É preciso ser esperto, correr atrás e muitas vezes se impor para conseguir agilidade.

Outro ponto interessante que já tinha em mente (até mesmo por já ter vivido em outros países europeus) é que aqui preciso construir tudo do zero. Uma das particularidades é que não importa muito o trabalho que você faz – aliás, o trabalho não determina essencialmente o que e quem você é. O importante é pagar as contas e ter tempo e algum dinheiro para poder viajar, ler, beber um vinho e ter qualidade de vida.

Meu trabalho aqui consiste em atender ligações e responder e-mails em inglês, português e algumas vezes espanhol e ajudar a melhorar as férias e reservas em hotéis de pessoas de diversos lugares do mundo. Falo com uma pessoa na Inglaterra e logo estou ligando para alguém que vai me ajudar com um hotel grego e depois para um superior que fala português e assim vai… Não vou dizer que é o trabalho dos meus sonhos, mas o simples fato de poder usar meu conhecimento de idiomas a meu favor é algo interessante.

O doutorado (apesar de ter feito apenas um semestre) também foi uma experiência interessante – o curso e as muitas pessoas que conheci no ambiente acadêmico foram marcantes no primeiro semestre e pretendo retomar a vida de estudante muito em breve. Por hora quero tirar o certificado de Cambridge para dar aulas de inglês e continuar viajando.

MORAR EM LISBOA

Em Lisboa faz parte do cotidiano sair para jantar (em restaurantes com preços acessíveis), tomar cafés nas praças e largos, visitar museus e ir para miradouros ver o pôr-do-sol. E assim vamos nos desapegando um pouco do “carreirismo” e da correria brasileira que, ao meu ver, nos atrapalha a aproveitar a vida. Para mim, essa é a grande alegria de viver aqui: a simplicidade de viver em uma cidade pequena e que proporciona eventos culturais e possibilidades diversas mesmo para quem não ganha muito dinheiro. Passar uma tarde lendo no Jardim Gulbenkian, por exemplo, é uma atividade que gosto muito de fazer por aqui.

A culinária merece um post à parte, mas posso dizer que de todas as cozinhas europeias a portuguesa é uma das que mais me encanta (quase empatada com a italiana!). As mil formas de se comer bacalhau, os embutidos, pescado fresco do mercado e os maravilhosos doces. Pastel de nata é bom, mas já provou bola de Berlim ou travesseiro de Sintra? E os vinhos…

Bola de Berlim

Culturalmente falando, os portugueses são sim mais fechados mas confesso que nunca tive problemas maiores com eles. Em geral é um povo muito receptivo, eles conhecem muito da cultura brasileira. Já vi portugueses citando esquetes do Porta dos Fundos e até Machado de Assis, outros cantando a música tema de Tieta ou descendo até o chão com Pablo Vittar. Aliás, lembro que quando morava na Dinamarca, por exemplo, vi uma lata de guaraná e quase chorei. Esse tipo de “saudade” não tenho em Portugal. Aqui temos rodas de samba, comida brasileira, caldo de cana e pastel, novelas, filmes, enfim, tudo o que precisamos para nos sentirmos em casa.

Como disse acima, Lisboa mudou muito e isso tem pontos positivos e negativos. Mas é interessante estar aqui durante esse “boom”. De uns tempos para cá o mundo descobriu Portugal e Lisboa vive abarrotada de turistas e pessoas que vêm de diversos cantos do país para fazer morada onde há sol e o clima é ameno. Há startups e ideias e com isso novas perspectivas de trabalho. O balanço que faço deste um ano por aqui é de que estou aprendendo a viver mais tranquilo, aproveitando pequenas coisas e tentando levar a vida de uma maneira mais desacelerada.

Fico por aqui muito tempo? Ainda não sei. Por hora vou subindo as muitas ladeiras de Lisboa e desfrutando da vista.

 

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