Eu percebi que gosto de viajar sozinha principalmente para dois tipos de lugares: cidades ou aventura. E no caso do Deserto do Atacama, foi uma ótima escolha de aventura.
Nessas viagens eu não me incomodo em ir sozinha porque fico ocupada o tempo todo. Tem sempre tanta coisa para fazer que não dá tempo de mimimi solitário. Esse é o caso do Atacama. Tem coisa para fazer o tempo to-do. Todo dia tem um lugar novo para explorar e, na maioria dos lugares, você só consegue entrar com um guia de agência. Isso deixa a vida de quem viaja sozinho mais fácil.
Por isso, meu primeiro conselho é pra quando você chegar na cidade, sair correndo atrás de uma agência para agendar os seus passeios. A partir daí é só deixar a coisa fluir.
VIAJAR SOZINHA PARA O DESERTO DO ATACAMA
Uma surpresa: no Atacama tem MUITO brasileiro. Muito mesmo. Não me lembro de ter visto tantos em outro lugar. Parece meio chato a princípio você fazer uma viagem internacional, chegar lá e parecer que está no Brasil. Mas tem como você transformar isso numa coisa muito legal. Eu conheci vários brasileiros gente finíssimas no meu hostel (Campo Base, que fecha em junho/2016) e vários outros nos passeios que eu fiz (contratei os passeios na agência Ayllu Atacama, que é especializada em brasileiros além de fazer os tour mais legais). Fiz muitos amigos e não fiquei sozinha um só minuto.
Conheci muitos chilenos legais também. É muito fácil fazer amizade com os que trabalham lá se você estiver aberta a isso. Tem muita gente jovem, galera que viaja bastante e que sabe como a dinâmica de uma viagem funciona.
Todas as noites tinha alguém para jantar comigo, dar uma volta pela cidade e bater um papo no hostel. Foi uma viagem bem cheia de coisa e pessoas.
A foto não é das melhores, mas ela representa um dos jantares que eu tive por lá e olha quanta gente!
Viajar sozinha ou sozinho para o deserto do Atacama é seguro?
Na hora de pensar em viajar sozinha para o deserto do Atacama a primeira coisa que a gente se pergunta é sobre a segurança. Mas San Pedro do Atacama é muito seguro. As pessoas andam pela cidade durante a noite tranquilamente. Pode parecer assustador a princípio quando você vê aquele monte de ruazinhas de terra com casas de barro. Eu cheguei às 22h30 e dei de cara com isso tudo na escuridão. Mas foi super seguro. É super seguro. Mesmo porque a cidade é turística e assim você não está num lugar abandonado.
Noite no Atacama: festas e baladas
No Atacama isso não existe. O que eu encontrei de mais animado lá foi um restaurante chamado Barros, com música e lotado. Tinha até filinha para entrar.
Até 2015 acontecia uma festa no deserto que já era proibida pela polícia. Havia música, bebida e muita gente (dizem que era em torno de 400 pessoas). Até que um cara desapareceu numa festa dessas e ele era irmão de um policial. Assim, as festas ficaram mais proibidas ainda, com a polícia sempre de olho. Mesmo que elas ainda aconteçam, você só fica sabendo em cima da hora para que a polícia não descubra. Mas nem sempre as festas têm música, nem sempre tem muita gente e corre o risco de você chegar lá e estar desanimado. Eu quase fui em uma delas, mas fui vencida pelo cansaço.
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VIAJAR SOZINHA PARA O DESERTO DO ATACAMA
A melhor escolha
Encontrei várias meninas que estavam viajando sozinhas pela primeira vez e fiquei pensando que acho que elas fizeram a melhor escolha de lugar. Eu sempre indico Buenos Aires como um lugar para ir sozinho pela primeira vez, mas acho que mudei de ideia. No Atacama é fácil, você está sempre ocupado e nunca está sozinho. Só se quiser…
As pessoas sempre me perguntam como consigo fazer uma mala enxuta. A verdade é que não sou nem uma expert. Eu só consigo fazer as malinhas porque eu odeio ficar carregando muita coisa e fui aprendendo com a prática como fica mais fácil e melhor de levar tudo.
Eu também sou super minimalista com relação a tranqueiras. Tenho pouca, levo pouca. Para conseguir fazer malas enxutas também o primeiro passo é você desapegar…
Coloquei aqui algumas dicas que aprendi com as viagens que tenho feito por aí. Espero que você aproveite.
1. Como dobrar a roupa na mala sem amassar muito?
Dizem por aí que a melhor técnica é você não dobrar muito as roupas. Eu tenho feito isso e gosto bastante. Já não gosto de fazer rolinhos porque além de ocupar muito lugar na mala, amassa muito as roupas.
Para a mochila, eu dobro da forma convencional e vou encaixando.
2. Vale a pena usar aqueles sacos que deixam a roupa à vácuo e ocupam menos espaço na mala?
Vale a pena principalmente se você precisar levar roupas volumosas, como as de inverno, por exemplo. Os que realmente funcionam são aqueles que tem um espaço para a entrada de um aspirador de pó. Assim você consegue retirar o ar e o saco não abre depois (eu tenho os dois, com entrada para o aspirador e sem – os que não tem, acabam abrindo no meio da viagem, entra ar e aí não adianta nada). O único problema desses sacos é que, quando a vácuo, eles ficam com um formato indefinido e acabam ocupando espaço na mala do mesmo jeito.
3. Lavar roupa na viagem é uma boa ideia?
Pode ser uma boa ideia quando você vai passar muito tempo viajando e não dá pra levar muitas roupas. Na Ásia, por exemplo, você consegue lavar roupa por R$5/kilo. Muitos outros hostels pelo mundo também têm lavanderia ou fazem o serviço de mandar a sua roupa para lavar. Em cidades maiores também é fácil encontrar lavanderias comerciais pela cidade.
4. Como levar roupa de inverno na mala sem ocupar muito espaço?
A melhor solução seria colocar os casacos em sacos para embalar à vácuo. E outra coisa importante: não tenha medo de repetir o mesmo casaco em vários dias da viagem. Você pode abusar dos acessórios (gorro, chapéu, cachecol) que ocupam menos espaço e repetir mais o casaco.
5. Como fazer mala para inverno e verão na mesma viagem?
Eu, minimalista que sou, levaria apenas uma casacão se o lugar fosse muito frio, uma calça e algumas echarpes ou cachecóis diferentes para mudar o look. Eu acho que a mala não precisa dobrar de tamanho. Você tem que fazer inverno e verão caberem na mesma mala e não dobrar a quantidade de mala. A melhor coisa a fazer é levar somente a prioridade de verão e prioridade de inverno.
6. Vou fazer intercâmbio para um lugar de inverno. O que levar?
No caso do intercâmbio, se você for chegar no inverno, vá só com um agasalho e uma bota. Nós, no Brasil, não somos preparados para um invernão portanto nunca sabemos direito como nos vestir para um inverno tão rigoroso. E quando você chega lá fora, vê que existem botas especiais, casaco muito mais grosso do que existe normalmente por aqui, ciroulas (sim!), luvas, gorros, etc. E tudo mais barato do que aqui no Brasil. Portanto se preocupe apenas em chegar lá. E chegando você vai atrás de comprar algumas coisas. É sempre legal pedir a opinião de um local para saber onde é melhor comprar.
7. Como despachar bebida em voo internacional?
Existem alguns suportes e malas especiais para bebida. Mas se você não tiver acesso a isso, a melhor maneira é deixar a garrafa bem apertada no meio das roupas. Se tiver uma toalha para embrulhar, melhor ainda. Mas mantenha tudo bem apertado. Se houver mais de uma garrafa, cuidado para não deixar vidro com vidro em atrito porque corre o risco de quebrar. Melhor deixar as duas separadas. E não tem problema nenhum despachar bebida. Você só não pode levar com você no bagageiro (a não ser que seja do freeshop).
8. Como levar um chapéu na mala sem amassar?
A melhor maneira é você colocar coisas dentro do chapéu. Deixe ele retinho na mala e encha de meias, calcinhas ou roupas.
9. Precisa levar toalha?
Eu não levo. Os hotéis hoje têm toalhas e os hostels costumam oferecer gratuitamente ou para alugar a um preço barato. Então eu prefiro não levar do que ocupar muito lugar na mala.
10. Levo shampoo e condicionador ou compro lá?
Eu levo, mas em potinhos pequenos. Se faltar, eu compro ou me viro com que tem na hospedagem. Lembrando que eu sou super minimalista/simplista para essas coisas e durante a viagem não fico me preocupando se estou usando o shampoo mais apropriado para o meu cabelo.
11. E maquiagem?
Eu levo um pó, um protetor labial e um rímel. Como meu protetor solar já tem base, não levo base nenhuma.
Você não precisa levar sua penteadeira inteira de maquiagem. Leve somente o essencial, aquilo que é certeza que você vai usar.
12. E perfume?
Eu tenho um bem pequeno que só para as viagens. Se você não tiver um assim, coloque o seu dentro de um frasquinho. Lembre-se: você não precisa de várias opções de perfume e nem levar aquele mais importante de todos da vida. É viagem! Seja leve.
13. Como levar somente uma mala de mão, sem precisar despachar?
Para uma viagem internacional, existe uma série de regras para poder levar a mala como carry on, na cabine com você. Cada líquido pode ter no máximo 100ml e devem caber num daqueles saquinhos plásticos. Também não pode haver nenhum objeto cortante.
E para levar apenas uma malinha de mão você tem que ser minimalista. Vou te dar um help para isso:
Você não precisa levar dois shorts jeans para uma viagem de uma semana. Eles ocupam espaço. Leve um jeans e se precisar, leve um de material mais leve. Ou uma saia. Eu gosto, na verdade, de levar vestidos leves porque é uma peça só, fininho e assim ocupa menos espaço e pesa menos.
Leve blusinhas para combinar com o shorts. São elas que vão deixar seu look diferente todos os dias.
Abuse dos acessórios: lenços, faixas de cabelo, chapéu, boné… Eles ajudam o look a ficar diferente também.
Monte a combinação dos looks antes de viajar. Assim você já vai com tudo separadinho e sem risco de faltar ou sobrar. Eu gosto de já levar separado o que vou usar de dia e à noite. E, claro, repetindo algumas peças.
Se você tem intenção de sair à noite, leve peças que possa usar durante o dia também.
Eu prefiro levar sapatos e sandálias sem salto. Acho mais confortável, ocupa menos espaço na mala e você pode usar à noite e de dia.
Não precisa levar variações do mesmo: vários shorts, várias sandálias, vários casacos… É um de tudo e olha lá.
Você vai levar kit manicure só se for louca. Leve uma lixa (alicate não pode se você não quiser despachar a mala).
Lembre-se: você está viajando. Ninguém liga para as suas roupas e é loucura você querer se vestir como se estivesse na sua cidade. Seja criativo.
Escolhendo a mochila
Eu comprei a minha mochila pela Amazon e foi vantajoso pelo preço (na época custava US$90 e agora vejo pela ilustração abaixo que aumentou). Mas quando ela chegou em casa, não era do jeito que eu queria. O ideal é você experimentar numa loja (a mochila cheia), ver se ela cabe direitinho em você e então comprar. Pode até ser pela internet, mas o ideal é experimentar “ao vivo” primeiro.
Não adianta eu dizer aqui pra você qual é a melhor mochila porque ela pode não ser exatamente a melhor para você. No entanto, existem algumas marcas bem legais para isso: Deuter, High Sierra, REI, The North Face e recentemente conheci a Minaal (uma mochila diferente do que existe por aí, que nunca usei, mas achei bem interessante). Mas não significa que outra marca que você tenha encontrado não seja legal (essas que eu citei são apenas as que eu conheço).
Existe também uma maneira ideal de distribuir as coisas na mochila de acordo com o peso. Peguei essa foto abaixo do hikingtrail.com pra você ter uma ideia, sendo que: heavy = pesado, medium = médio, lightweight = leve e sleeping bag = saco de dormir).
As minhas regras gerais na hora de fazer mala
Não levo absolutamente nada de valor na mala que despacho. Dinheiro, eletrônicos e documentos vão todos numa mochilinha de mão comigo.
Tenho cadeado para trancar a mala que vou despachar ou para usar num armário de hostel.
Meu kit sobrevivência: álcool gel, lenços umedecidos, remédio para dor de cabeça, dor muscular e anti-alérgico.
Além da mochila ou mala, é legal você levar uma outra mochilinha para ficar rodando durante o dia.
A dica mais importante: não há NADA que você realmente precise além de passaporte e dinheiro. Qualquer outra coisa que você precisar, consegue encontrar na estrada.
Quando eu estava em Bogotá, confesso ter ficado na dúvida se tinha feito o melhor roteiro quando incluí 3 dias em Medellín. Mas minha opinião mudou quando cheguei lá. Não é uma cidade cheia de atrações, mas é uma cidade com uma história importante que a deixa muito interessante.
Medellín é perigoso?
Medellín foi uma cidade violenta e comandada pelo tráfico (isso não deve ser novidade para você que assistiu Narcos no Netflix e sabe que o Pablo Escobar nasceu lá). Mas a cidade se reinventou, se modernizou e hoje é um dos polos tecnológicos da Colômbia. Em 2012, por exemplo, Medellín foi considerada pelo Wall Street Journal como “Cidade Inovadora do Ano”.
Mais moderna do que Bogotá, existe até uma rixa entre as duas cidades. Pra mim, são dois lugares com um clima bastante diferente um do outro. Bogotá é mais turística, mas Medellín é um lugar para se viver.
A cidade tem poucas atrações turísticas mas, ainda assim, tem o que fazer em Meddelín. E o bom é que muitas coisas são baratas ou gratuitas porque é uma cidade para você apreciar a história, as mudanças e andar sem pressa de turistar.
Dá uma olhada nas coisas que eu fiz enquanto estava por lá e que você pode fazer também:
1. Conhecer o Parque Lleras de Medellín
Se você não estiver se hospedando no Parque Lleras, você precisar dar uma passada lá pelo menos para conhecer. O bairro é belo e agradável e à noite os barzinhos e ruas fervem. Mas você vai encontrar mais gringos do que colombianos. Tem MUITO gringo mesmo. É onde eles costumam morar em Medellín e onde a maioria dos turistas se hospedam.
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2. Visita ao Jardim Botânico
O Jardim Botânico é um típico jardim botânico, talvez um pouquinho mais moderno, para você dar uma volta e relaxar. Tem um borboletário também para ver dentro do parque.
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3. Conhecer Pueblito Paisa
É uma cidadezinha réplica da cidade de Antióquia, do século passado com uma tradicional fonte de pedra, barbearia, igrejinha, prefeitura, escola, etc. É um lugar bonitinho de se ver. Aproveite para comprar uma manga com limão e sal enquanto dá uma volta por ali.
4. Passeio do Pablo Escobar
Na época eu paguei US$70 nesse passeio e confesso que achei um pouco salgado. Nada mais é do que você ficar rodando por Medellín com um guia local que vai te contando e explicando a história do maior traficante que o mundo já teve. Com esse guia você passa em frente a algumas casas do Escobar mas não entra em nenhuma delas. Também tem uma passagem pelo cemitério onde ele foi enterrado. Sendo sincera, a sensação é de que paguei US$70 para ficar no trânsito de Medellín o tempo todo ouvindo o guia. Não achei tão interessante. Existem vários passeios oferecidos na cidade sobre o Pablo Escobar, mas eu fiz com o Paisa Road.
Tour Pablo Escobar
5. Voar de parapente
Isso foi ideia do Pedro. Eu tenho pavor de altura, jamais quero pular de paraquedas e nunca cogitava voar de parapente. Mas chegando lá, vi o Pedro se preparando e pensei: “Poxa, eu to aqui na Colômbia, meu namorado está fazendo e eu não?”. Acabei fazendo e foi demais! Eu fiz com o Zona de Vuelo que é recomendado por vários guias. Para chegar lá tive que pegar um ônibus regular na rodoviária de Medellín que era engraçado (diferente) e passava por uma favela. Na volta me deixou enjoada de tantas curvas que fazia. Mas valeu a pena esse passeio.
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O que fazer em Medellín à noite
Pegar uma Salsa no Eslabon Prendido
Esse bar deve ser um dos mais fuleras de Medellín. Fica bem no centrão e só cheguei até ele porque vi a recomendação no Lonely Planet que dizia que de terça-feira o lugar fervia e, por coincidência, eu passaria uma terça em Medellín. Cheguei no bar cedo e não fui muito com a cara. Era velho, um muquifo e ainda estava vazio. Fui embora e voltei mais tarde para encontrar um bar fervendo. Lotado de colombianos (e turistas) dançando ao som de uma banda que tocava a melhor salsa. Muita alegria, muita cerveja e umas droguinhas também rolando por ali também. Mas foi uma noite divertidíssima! Junto ao voo de parapente foi o highlight de Medellín.
Eu não fiz, mas você pode fazer 🙂
1. Parque Arví
Eu não fui ao Parque Arví porque achei longe, mas me arrependi e por isso ele está nesta lista. Ele é acessível por um bondinho e leva você a um lugar mais “selvagem” fora da cidade de Medellín. Mas pelo que eu percebi, não deixa de ser um parque.
2. Museu de Antioquia
Museu de arte localizado no Centro da cidade de Medellín. O acervo reúne obras de Fernando Botero (aquele que as esculturas ou pinturas tem as pessoas ou figuras mais “fofinhas”) e Pedro Nel Gómez, ambos famosos artistas colombianos. De quebra você ainda tem acesso a Plaza Botero, com diversas esculturas de Fernando Botero.
3. Planetário de Medellín
Fica na Zona Norte da Cidade, no Parque dos Desejos que é um espaço aberto com fontes, espelhos d´água e esculturas. O público pode apreciar ciência e tecnologia além também de poder ver projeções aos interessados em astronomia.
4. Plaza Cisneros
Uma praça no Centro da Cidade. Parece legal para ir à noite pois alguns de seus postes de luz possui imensas lâmpadas verticais que, quando acesas, iluminam o local de uma maneira bem original.
Nem sempre só fazer aula ajuda a aprender um idioma. Eu fico sempre tentando encontrar alguns truques para o meu cérebro aprender e associações que podem facilitar o aprendizado. Fiz este post para mostrar a você as técnicas que eu mais gosto e uso na hora de aprender um novo idioma. Espero que ajude.
1. Assistir filmes com legenda no idioma que você quer aprender
Se você quer aprender inglês, por exemplo, coloque a legenda do filme em inglês. Assim você ouve e lê no mesmo idioma. A junção dos dois torna o seu aprendizado muito mais fácil. Você começa, inclusive, a associar como se pronuncia tal palavra. Talvez você não entenda todas as palavras de cara, mas não tem problema. O importante é primeiro entender o contexto e saber interpretar.
Se já estiver num nível mais avançado, tire a legenda e assista o filme só ouvindo.
2. Ouvir músicas no idioma que você quer aprender
Tenho certeza de que alguma vez na vida você gostou tanto de uma música que foi correndo procurar a letra (e a tradução) para aprender a cantar aquilo que você tanto curtiu. Aposto que você aprendeu a música toda! Porque música é assim, fácil de decorar e aprender.
Eu vou apresentar a você já já o Tim, um americano que queria aprender hebraico, portanto ouvia raps nesse idioma o tempo todo. E quando percebeu, já havia aprendido uma porção de palavras e entendido o contexto.
3. Ouvir rádio
Eu utilizava muito essa técnica quando estava nos EUA tentando aprender inglês. Ouvia rádio no carro ou através de um fone de ouvido no trabalho. O mais legal são os “morning shows”, nos quais há bastante conversa interessante e engraçada entre os apresentadores e você pode tentar entender os diálogos. Fica cada vez mais fácil de entender – vai por mim…
E hoje em dia é muito fácil estar no Brasil e conseguir ouvir a rádio de um outro país. Não perca essa oportunidade. Coloque o fone enquanto você trabalha e fique ouvindo.
4. Ler livros no idioma que você quer aprender
Quando me mudei para os EUA, uma amiga me emprestou um monte de livros. Livros normais, de suspense, de enigmas, etc. Foi muito difícil de ler no começo e ter paciência para continuar (mesmo amando ler). Mas conforme fui insistindo e aprendendo o idioma, fui lendo normalmente e sou assim até hoje. Inclusive comprei um Kindle (e-book) só para poder continuar lendo os livros em inglês porque não gosto de livros traduzidos. Se eu sei que a história foi escrita originalmente em inglês, é essa versão que eu compro.
5. Fazer um curso fora do país, mesmo que temporário
Mesmo que você tenha apenas um mês de férias e não queira deixar seu emprego para fazer um intercâmbio, existem cursos intensivos de um mês. Dá para conciliar com as férias do trabalho. Você não vai voltar falando fluente só com um curso desses, mas já ajuda bastante e é um bom começo. Um amigo ainda foi mais além, tirou férias de um mês e negociou no trabalho mais dois meses de férias não-pagas. Somou-se três meses aprendendo inglês em Londres.
6. A intensidade das aulas é mais importante do que o tempo que você as tem frequentado
O que eu quero dizer com isso é que às vezes estudar de forma intensa durante 4 horas na semana por um ano (seja sozinho ou com um professor particular), pode ser mais eficiente do que oito anos de um curso no qual você ia duas vezes na semana. Não se engane e lembre-se que a intensidade é mais importante do que a frequencia. Por isso também que quando moramos fora fica mais fácil de aprender: porque é mais intenso. Você está em contato com o idioma o tempo todo.
7. Se você só fizer aulas, não vai aprender o idioma de forma fluente
Fazer aula é bom, mas como eu já disse, não são elas que farão você aprender o idioma fluentemente. As aulas te darão uma boa base, mas se você não procurar um estudo extra (e por “estudo” eu quero dizer todo esse empenho, dicas, que estou citando nesse post inteiro) você não vai conseguir aprender de vez uma outra língua.
8. Fale sem medo de errar
Geralmente funciona assim no aprendizado de um idioma: primeiro você entende e depois você fala. E é normal ter medo de errar na hora de falar e acabar passando vergonha. Mas fale mesmo assim – se você não falar e errar, você não vai praticar e, consequentemente, não vai aprender. Sua mente é tão esperta, que na hora que você fala errado, ela imediatamente reconhece e te corrige. Dá raiva de si mesmo, mas é assim que você vai aprendendo.
Na hora do medo lembre-se que as pessoas, na maioria das vezes, sabem que você é estrangeiro e são mais tolerantes com um erro.
9. Peça para que as pessoas corrijam você
Fale para aquelas pessoas que convivem com você, que elas podem te corrigir numa boa porque você quer aprender a falar corretamente. Eu me lembro que ficava horas repetindo a palavra ‘world’ para o meu chefe americano até ele dizer que eu havia pronunciado corretamente.
10. Fuja dos brasileiros por um tempo
É bem provável que no país onde você vá morar, acabe encontrando diversos brasileiros. Eles são úteis nos momentos de saudades e quebram um galhão quando você percebe que não consegue fazer muitas amizades e precisa de alguém pra comer uma feijoada no restaurante brasileiro num domingo. Mas, no começo, evite ficar na companhia deles para não ficar falando o português.
11. Namorar um nativo(a) sempre ajuda
Ô se ajuda! É como ter um professor em tempo integral para você conversar sobre todos os assuntos. E ele (ou ela) pode ser também essa pessoa que vai ficar te corrigindo e ensinando. Namorar é uma das formas mais eficientes de aprender.
Inspire-se em Tim Doner
Tim Doner é um adolescente americano que aprendeu a falar 20 idiomas sozinho. Ele fala algo interessante que pode acalmar sua ansiedade na horas e aprender um idioma:
“Se para falar um idioma nós tivermos que saber todas as palavras- se sentir de igual para igual debatendo fissão nuclear e música clássica – então dificilmente alguém é fluente em seu próprio idioma nativo”.
O que Tim quer dizer com isso é que não precisamos ter a ansiedade de falar perfeitamente um novo idioma. É importante estudar e saber o máximo que você puder, mas você não vai aprender todas as palavras e entrar em discussões complexas facilmente.
Para aprender hebraico, ele decorava letras de música rap cantadas em hebraico e procurando entender seu significado. Um dia, gravou um vídeo falando em hebraico e postou no youtube como “Teen speaks hebrew” (“adolescente fala hebraico”), num tom de pedir a opinião das pessoas que falavam esse idioma para ajudá-lo a aprender. Então um monte de gente descobriu seu vídeo e começou a comentar dando dicas do que ele poderia melhorar. De repente Tim tinha vários professores e colegas virtuais para conversar em hebraico pelo mundo.
Você pode assistir a este video do Tim fazendo uma apresentação no TED que é bem legal (está em inglês. Assim você aproveita para praticar o idioma).
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